O jogo de futebol mais vendido do planeta chega à nova versão. Confira o review do Fifa 13, edição que apesar de inovar pouco, ainda agrada aos fãs da franquia e adeptos do gênero.
Atualização automática de clubes é a grande atração
Desde que os primeiros anúncios surgiram, os fãs perceberam que Fifa 13 não traria mudanças consideráveis na franquia, como a "revolução defensiva" que a EA causou ao eliminar um comando automático para tomar a bola de seu adversário. Dessa vez as mudanças foram mais para lapidar alguns pontos que ainda não estavam funcionando bem.
E a primeira grande delas acontece logo no menu principal do jogo. Se você já possui uma conta na EA Online, seu nível é automaticamente carregado junto com outras informações - como o seu clube preferido. Isso é fundamental para você que procura desafios online, pois de acordo com este nivelamento automático de Fifa, você não precisará enfrentar meros novatos, mas sim jogadores do seu mesmo nível.
Só que o grande atrativo mesmo fica por conta das atualizações automáticas. Dessa forma, é possível acompanhar o desempenho de cada time do campeonato rodada a rodada. E se você acha que esse é um privilégio apenas dos times europeus, surpreenda-se, pois a EA também fez questão de atualizar os clubes nacionais. A imagem abaixo mostra uma comparação entre a escalação do Fluminense em Fifa 13 esta semana, e a escalação do time que jogou a última rodada contra o Náutico.
E se o seu time preferido não estiver muito bem no campeonato, ou o rendimento dentro de campo não estiver fazendo jus ao elenco, não se incomode, pois você pode desabilitar a qualquer momento essas atualizações automáticas. Com isso, o elenco original de seu clube será privilegiado, independentemente de algum craque estar lesionado ou suspenso.
Você também conta com diversos modos de jogo que utilizam estes dados atualizados, entre eles o Live Fixture. Nele você escolhe entre umas das próximas quatro partidas de um determinado clube na temporada. Já o modo Game of the Week permite que você jogue aquela que é considerada a partida da semana. Em nossos testes, Liverpool e Manchester eram os clubes que estrelavam o clássico.
Por último, o jogador também conta com a opção View Form. Nela é possível verificar as estatísticas dos principais clubes na rodada e o quanto os setores evoluíram ou regrediram em relação aos atributos de seus elencos.
As pequenas e agradáveis mudanças na jogabilidade
Aqueles que tiveram a oportunidade de conferir a versão demo de Fifa 13 não terão um produto muito diferente do que foi apresentado em relação à jogabilidade. A EA manteve uma postura de "não mexer em time que está ganhando", o que de certa forma agradou a todos, afinal, se esta jogabilidade rende elogios, é porque um longo trabalho de mudanças foi aplicado nos últimos cinco títulos.
Diante desta estabilidade em termos de críticas, tanto pela mídia especializada, quanto pelos jogadores, em Fifa 13 o momento foi de aparar as arestas e melhorar um pedido quase unânime entre sua comunidade: a inteligência artificial dos jogadores. Sendo assim, seu pedido foi uma ordem e o jogo carrega como a grande novidade atacantes que respeitam a linha de impedimento e zagueiros que não se deixam levar pelo primeiro drible.
Só que mesclar esses dois lados da moeda não é nada fácil, pois não há como mexer em uma parte sem alterar a outra. Com isso, quem levou vantagem foram os atacantes, que além de diminuirem as incidencias em relação a posição de impedimento, conseguem executar os dribles de uma forma mais suave e não atabalhoada, como em Fifa 12.
Mas também é preciso dizer que um outro fator colabora com isso: o domínio de bola mais real. Sim, nada de passes milimétricos em jardas de distância, agora o que prevalece é a habilidade de seus jogador e a maneira como a bola chega em seus pés. Como a versão demo de Fifa 13 conta apenas com clubes que possuem um elenco repleto de craques, agora na versão completa, com times mais modestos, é mais fácil notar o quanto eles brigam com uma bola cruzada ou um passe mais forte.
Esse novo sistema também interefere e muito nas finalizações. Sabe aquele laçamento que deixa o atacante cara a cara com o goleiro? Não há mais como dizer que resultará em gol. Pois um simples quique a mais na bola pode fazer com que ela seja lançada na torcida ou que não tenha metade da força exercida pelo finalizador. E nesse momento a física também mostra-se mais apurada, seja naquela bola desviada no meio do caminho, ou em uma rebatida atabalhoada do goleiro após um chute a queima roupa.
A verdade é que apenas aqueles que nunca se adaptaram a jogabilidade única de Fifa 13 contestarão os mesmo problemas de sempre. Afinal, ainda nos deparamos com goleiros que entregam o ouro, zagueiros que não tem um passe apurado e laterais que não sabem cruzar. Mas se no próprio futebol isso é comum e faz parte, porque em um jogo, cuja busca pelo realismo é a maior exigência de seus jogadores, iria retirar todos esses elementos?
Gráficos melhoram, mas não o suficiente
Se a EA acertou em evitar grandes mudanças na sua jogabilidade, ela comete um erro em manter praticamente os mesmos gráficos de Fifa 12. Na hora que a bola rola, fica difícil distinguir qual versão está sendo executada. Apenas com uma análise mais crítica conseguimos distinguir as mudanças.
A maior delas refere-se ao sistema de sombra e luz durante as partidas. Os horários das partidas variam de meio-dia até as 10 horas da noite, e o posicionamento do sol ou a força dos refletores trazem um realismo a mais durante as partidas. Reclamações em relação à sombra? Lembre-se que o intuito é ser o mais real possível! Portanto, se em uma partida real isso incomoda, nada mais justo que levar esse incômodo para as quatro linhas virtuais.
Outro momento em que é possível notar melhorias são nas aproximações da câmera. As reações dos jogadores ao perder um gol ou cometer uma falta não são convincentes como na vida real, mas a tentativa diverte. E o modo em primeira pessoa não tem tantas quedas de frames quanto na versão anterior.
Já a torcida... mais artificial que isso é impossível! Independente do resultado, a movimentação no melhor estilo "boneco do posto" continua presente em Fifa 13. Na hora de cobrar um pênalti, nos impressionamos sobre o quanto esse detalhe passa batido em cada versão. Será que a EA não consegue perceber o quanto isso é estranho?
E para completar, é preciso citar a falta de capricho com os atletas menos conhecidos. Enquanto Tevez e Ribéry possuem até suas cicatrizes detalhadas, alguns jogadores nacionais passam longe da semelhança com os atletas de verdade. Óbvio que ninguém quer o penteado de Fábio Ferreira (Botafogo) reproduzido fielmente, mas pelo menos uma certa semelhança.
Locução e comentários em português
A tão esperada locução de Tiago Leifert e os comentários de Caio Ribeiro caíram como uma luva para Fifa 13. Durante alguns anos, desde que Milton Leite deixou de ser o locutor brasileiro da franquia, os jogadores criaram uma enorme expectativa sobre quem iria embalar suas partidas.
Esse ano a EA voltou a pensar no público brasileiro e trouxe o apresentador do GloboEsporte, Tiago Leifert, para que junto com o comentarista Caio Ribeiro, pudessem levar um pouco mais de emoção e de piadinhas durante os jogos. E a parceria caiu como uma luva, pois a locução de Fifa 13 consegue ser descontraída o suficiente para agradar o jogador.
Porém, se o game contasse com uma narração mais séria, repleta de termos futebolísticos, com certeza os fãs menos assíduos por futebol achariam algo entediante. Mas da forma com que os locutores brincam com seu time e o jogador, é possível entrar no clima de descontração sem deixar de ficar atento aos toques dos especialistas.
Times e torneios ainda sem licenças
Um dos grandes problemas que a franquia Fifa enfrenta nesses últimos anos é em relação ao licenciamento de clubes e torneios. Mesmo detentora dos direitores para a produção de games da Eurocopa e a Copa do Mundo, a EA prefere mantê-los em um jogo ou DLC à parte. Sendo assim, a única forma de disputar uma Copa do Mundo é criando um torneio e selecionando as principais seleções. Nada de eliminatórias ou coisa parecida.
Entretanto quem sofre mais com essa ausência de direitos são os jogadores aqui do Brasil. Metade dos clubes da série A do campeonato brasileiro não estão licenciados. Com isso, clubes de tradição como Palmeiras, Internacional e Vasco da Gama sequer tem seus nomes originais no game. Confira abaixo a tabela com a quantidade de times e o vídeo com os clubes nacionais e seus respectivos uniformes:
Liga | Divisões | Quantidade de clubes |
---|---|---|
Alemanha | 2 | 36 |
Arábia-Saudita | 1 | 14 |
Austrália | 1 | 10 |
Austria | 1 | 10 |
Bélgica | 1 | 13 |
Brasil | 1 | 20 |
Coréia do Sul | 1 | 16 |
Dinamarca | 1 | 12 |
Escócia | 1 | 12 |
Espanha | 2 | 42 |
Estados Unidos | 1 | 19 |
França | 2 | 40 |
Holanda | 1 | 18 |
Inglaterra | 4 | 92 |
Irlanda | 1 | 11 |
Itália | 2 | 40 |
México | 1 | 18 |
Noruega | 1 | 16 |
Polônia | 1 | 16 |
Portugal | 1 | 16 |
Resto do Mundo | 1 | 13 |
Rússia | 1 | 16 |
Suécia | 1 | 16 |
Suíca | 1 | 10 |
Seleções | - | 46 |
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